sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Epistático


Ela estava atônita,não parava de pensar em como seria aquele encontro e em como falaria tudo aquilo que estava internado, há tanto tempo, dentro dela. Deitou na cama para pensar um pouco - não chegou a nenhuma conclusão- Então, ficou andando para um lado e para o outro esperando algum som de campainha que se misturasse com seu nervosismo. Quanto mais ele demorava, mais o frio na barriga aumentava.

Passaram-se alguns minutos e a tal campainha tocou. Seu corpo parou, seu coração batia tão fote que ela se sentia uma ridícula diante de tanto amor, mas respirou fundo, tomou consciência de que precisava de um pouco de racionalidade naquele momento e foi abrir a porta.

- Oi! Me ligou falando que queria conversar, aqui estou. - ele disse
-Pois é! - ela não conseguia falar muita coisa.
-Então vamos! Tem um lugar que quero te mostrar. - ele complementou

Lugar? Que lugar? Pensava em milhões de coisas, milhões de formas de como conversar, de como falar, qual seria a reação dele, se seria boa ou ruim, não sabia. Não conseguia trocar palavras, não conseguia nem olhá-lo direito. Talvez qualquer atitude fosse suspeita. Mas enfim, chegaram.

Então,sob a sombra de uma árvore, se sentaram num banco branco que havia próximo ao lago. Ela, enfim, o olhou. Esperava que somente ao ver seu olhar, ele a entendesse, a abraçasse e a beijasse de um jeito que nunca o fez. Porém, ele era cego demais para perceber aquilo.

- Então, também precisava conversar com você - disse ele
-Fala primeiro. - ela respondeu
-Acho que estou apaixonado por sua irmã - falou ele com um sorriso no rosto - Agora fala você!
- Acho que vou me mudar - e o abraçou.

2 comentários:

Alice Correia. disse...

PRimeiro texto grande!! ;DD

que massa! gostei gostei!

Anônimo disse...

Esse ai me tocou. kkk